terça-feira, 19 de abril de 2011

AMARO! - PARTE IV

20/11

- Amaro, por favor, venha até a minha sala. – pelo telefone, a moça ouviu a frase soar doce, da forma que somente Klaus fazia.

- Sim. Só um minuto. – ela respondeu. Se preparava para ir embora, mas deixou tudo de lado para atender à ele.

Caminhou pelo corredor pensando o que o patrão queria com ela. Cada dia que passava ela se encantava mais e mais por ele. Talvez aquele ar poderoso. Amaro sempre teve na cabeça que nasceu para o poder.

- Klaus... – ela bateu na porta fechada e ele respondeu de dentro:

- Pode entrar querida. – ela entrou – Eu preciso que você fique comigo hoje até mais tarde. Preciso finalizar essa proposta e...

- Proposta? Você não quer finalizar outra coisa? – ela interrompeu a fala do vereador e caminhou em direção a ele, que riu.

- Outra coisa? Como o que?

- Não sei. Só pensei que pudesse ser outra coisa. Posso me sentar? – ele respondeu que sim com a cabeça e ela sentou – É que às vezes eu sei quando você está mentindo, na verdade, sempre sei. Isso é ruim para a sua imagem. Se os eleitores percebem... Vixe, nem quero pensar...

- Sabe quando estou mentindo? Então é isso? – prestava mais atenção nas pernas dela ao que ela dizia.

- Klaus, não seja bobo. Você pode enganar seus eleitores, sua esposa, seus filhos, mas nem se quisesse poderia me enganar. E não tem razão para isso. Pode ser honesto comigo. Não vou te criticar, condenar, odiar ou o que quer que seja.

- Menina... Você mal me conhece. – ele falou com um tom de quem não quer falar sobre o assunto. Ela riu alto.

- O senhor é que pensa. – ela levantou e se aproximou. Ele estava recostado sobre a mesa do escritório. Ela colocou uma de suas mãos numa coxa dele. Depois uma de suas pernas entre as pernas dele. – Conheço muito melhor do que o senhor pensa. – os lábios vermelhos do batom preferido quase tocaram os dele. – Você pode conseguir esconder a verdade com as suas falas, mas o seu corpo nunca mente – disse ela voltando para a cadeira.

- O corpo nunca mente... Eu gostei disso.

- Talvez sua mulher seja quem não goste. – ela já estava sentada, as pernas cruzadas e o vestido vermelho colado e curto.

- Ela não irá gostar, com certeza, se souber. Mas como eu sei que isso ficará entre nós dois e somente nós dois... Eu posso me render ao pensamento e deixar o meu corpo falar por mim. – ele avançou feroz, em direção a ela.

O corpo falou pelos dois naquele fim de tarde.

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