Tchibum
terça-feira, 17 de maio de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
[RE]ENCONTRO
Eu via de longe o cabelo vermelho-vivo esvoaçando com o vento.
Ela tinha um jeito só dela de sentar, sempre do mesmo jeito.
A mesma pedra, o mesmo cenário, a mesma vista.
O mesmo dia, o mesmo mês, ano diferente.
Seis anos entre o primeiro e o atual.
Permaneci de pé, admirando-a.
Ela pôde perceber-me.
Olhou para trás.
Eu estava lá.
Sorriu.
Virou.
Levantou-se.
Deu dois passos.
Parou de sorrir e disse:
- Estou feliz que tenha vindo.
Silenciou e se perdeu no meu olhar.
- Não te deixaria na mão por nada! – eu disse.
Ela correu o restante do caminho e me abraçou forte.
- Sei que eu errei muito e nós dois sofremos por isso, mas...
Não deixei que terminasse a frase. Não quis que. Amava-nos e pronto.
terça-feira, 19 de abril de 2011
AMARO! - PARTE IV
20/11
- Amaro, por favor, venha até a minha sala. – pelo telefone, a moça ouviu a frase soar doce, da forma que somente Klaus fazia.
- Sim. Só um minuto. – ela respondeu. Se preparava para ir embora, mas deixou tudo de lado para atender à ele.
Caminhou pelo corredor pensando o que o patrão queria com ela. Cada dia que passava ela se encantava mais e mais por ele. Talvez aquele ar poderoso. Amaro sempre teve na cabeça que nasceu para o poder.
- Klaus... – ela bateu na porta fechada e ele respondeu de dentro:
- Pode entrar querida. – ela entrou – Eu preciso que você fique comigo hoje até mais tarde. Preciso finalizar essa proposta e...
- Proposta? Você não quer finalizar outra coisa? – ela interrompeu a fala do vereador e caminhou em direção a ele, que riu.
- Outra coisa? Como o que?
- Não sei. Só pensei que pudesse ser outra coisa. Posso me sentar? – ele respondeu que sim com a cabeça e ela sentou – É que às vezes eu sei quando você está mentindo, na verdade, sempre sei. Isso é ruim para a sua imagem. Se os eleitores percebem... Vixe, nem quero pensar...
- Sabe quando estou mentindo? Então é isso? – prestava mais atenção nas pernas dela ao que ela dizia.
- Klaus, não seja bobo. Você pode enganar seus eleitores, sua esposa, seus filhos, mas nem se quisesse poderia me enganar. E não tem razão para isso. Pode ser honesto comigo. Não vou te criticar, condenar, odiar ou o que quer que seja.
- Menina... Você mal me conhece. – ele falou com um tom de quem não quer falar sobre o assunto. Ela riu alto.
- O senhor é que pensa. – ela levantou e se aproximou. Ele estava recostado sobre a mesa do escritório. Ela colocou uma de suas mãos numa coxa dele. Depois uma de suas pernas entre as pernas dele. – Conheço muito melhor do que o senhor pensa. – os lábios vermelhos do batom preferido quase tocaram os dele. – Você pode conseguir esconder a verdade com as suas falas, mas o seu corpo nunca mente – disse ela voltando para a cadeira.
- O corpo nunca mente... Eu gostei disso.
- Talvez sua mulher seja quem não goste. – ela já estava sentada, as pernas cruzadas e o vestido vermelho colado e curto.
- Ela não irá gostar, com certeza, se souber. Mas como eu sei que isso ficará entre nós dois e somente nós dois... Eu posso me render ao pensamento e deixar o meu corpo falar por mim. – ele avançou feroz, em direção a ela.
O corpo falou pelos dois naquele fim de tarde.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
AMARO! - PARTE III
08/11
Uma semana depois, Amaro estava desempenhando muito bem o seu papel como assistente pessoal do vereador Klaus. Cinquentão conservado, Klaus era casado há vinte e cinco anos, tinha dois filhos - um homem, agora com vinte anos e uma moça com quatorze - e era presidente da câmara dos vereadores.
- Amaro, uso a gravata azul – levantou a mão que segurava a gravata de tal cor – ou será melhor a verde? – levantou a outra mão.
- Senhor, melhor a verde, te deixa mais vivo. – respondeu a menina, caminhando em direção ao vereador.
- Pare com tanta formalidade menina, me sinto velho quando me chama de senhor.
- Desculpe-me se... Klaus – Amaro falava enquanto dava o nó na gravata.
- Tudo bem. Mas espero que se acostume. Prezo a intimidade para o seu cargo. Te achei uma menina bem madura, segura e disposta. Foi isso que me fez contratá-la. – Ele segurou com uma de suas mãos as duas de Amaro, que ainda estavam a dar o nó na gravata escolhida. – Olhe para mim Amaro. Tu és uma bela jovem.
- Obrigada! – um pouco sem graça e bastante engrandecida, a moça olhava nos olhos do vereador.
- Bom, estamos esclarecidos? – Ele disse alguns minutos depois, tirando a si e à Amaro do transe romântico.
- Sim. Entendi tudo Klaus.
- Agora eu tenho um jantar com minha esposa. Sabia que estamos casados há vinte e cinco anos?
- Não, não sabia. – disse a moça com desdém. Ele riu.
- Você não precisa ficar com ciúmes. O que temos agora não é nada mais do que amizade. Somos dois companheiros de longa jornada. E temos Cleo e Marcelo, que estreitam nossos laços.
- Não estou com ciúmes. Eu sou sua assistente. Foi com ela que você se casou. Eu não quero me casar. Que dirá ter filhos. – ele riu outra vez.
- Sim, claro. Jovem como é, não pensa em casamento ou mesmo filhos. Deseje-me sorte.
- Sorte? O senhor... perdão. Você não gosta mesmo dela, não é? – dessa vez o riso do vereador ecoou pela sala.
- Nossas conversas me divertem. Você é uma menina divertida. Eu dizia, deseje-me sorte, minha sogra vai estar presente.
- Não sei o que vocês, homens, tanto temem as sogras.
- Amaro, você fecha tudo por aqui?
- Sim, eu fecho. E, boa sorte com a sogra. – ela disse, quando ele quase saia pela porta.
- Obrigado. – ele sorriu e saiu. Ela fechou tudo e foi para casa.
terça-feira, 5 de abril de 2011
QUANDO NADA MAIS IMPORTA
Contando as horas, guardando o amor pra quando tiver que derramar pra não te ver chorar.
São dias como esses, esses que te atormentam, os que mais me fazem sentir o quanto eu quero cuidar de você. O quanto eu quero estar do seu lado. Te fazer esquecer das coisas que te machucam e te fazer sentir apenas preguiça nas segundas, a boa brisa das terças, o equilíbrio das quartas, o cheiro bom das quintas, a animação das sextas, o calor dos sábados, o tédio conjunto dos domingos e segundas novamente, mas sempreocupação com o que vai vir amanhã.
Felicidade e amor.
Apenas eu e você.
São dias como esses, esses que te atormentam, os que mais me fazem sentir o quanto eu quero cuidar de você. O quanto eu quero estar do seu lado. Te fazer esquecer das coisas que te machucam e te fazer sentir apenas preguiça nas segundas, a boa brisa das terças, o equilíbrio das quartas, o cheiro bom das quintas, a animação das sextas, o calor dos sábados, o tédio conjunto dos domingos e segundas novamente, mas sem
Felicidade e amor.
Apenas eu e você.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
POR TODO O NOSSO AMOR, DO JEITO QUE FOR, SEMPRE E PARA SEMPRE!
Tudo isso que faz parte de mim, eu dispensaria, sem precisar pensar, pra não brigar tantas vezes com você.
O mundo às vezes nos cobra tanta coisa que não é possível entregar. Não é por estresse ou por vingança que eu faço coisas que nos levam por caminhos que, nem eu, nem você, queríamos passar. Eu sinto as coisas de uma forma tão intensa que quase sempre me irrita. Eu vejo de um ângulo e você de outro. Mas nenhuma de nós está errada, e nós sabemos disso. Mas é tão difícil entender. Momentos em que a emoção toma conta e não há mais razão. E, de forma alguma, consigo pensar em outra coisa, sentir outra coisa.
Tão pequeno para você e já insuportável para mim. Sempre sem saber o que fazer, sempre me prendendo ao imenso amor que eu sinto, mas ainda assim, muito magoada.
Bendita escorpiana, sincera, carinhosa, companheira e intensa.
Maldita escorpiana, ciumenta, possessiva, intensa e intensa.
Tão pequeno para você e já insuportável para mim. E no fim tanto amor e nada entre nós.
quarta-feira, 23 de março de 2011
PSICOSES
Encarando a própria face no espelho... Ela via os olhos marcados por tanta mudança.
A roupa já não era mais tão bonita. O cabelo já não mais tão arrumado. Os pés estavam agora descalços.
Ela sabia, depois daquela noite, nada seria como antes.
____________________________________________________________
Baile de máscaras e Gabrielle resolveu usar, depois de tantos anos, a máscara que ganhou de Ian. Tudo teria sido perfeitamente normal se o seu temperamento não tivesse sido alterado por esse fato.
Importante era atribuir tamanha crueldade à algum artigo. E esse artigo, foi a máscara. Marcando seu nascimento como psicótica.
Francis não pediu pra nascer bela assim como não pediu para ser o despertar da inveja unida à crueldade de Gabrielle.
Transformada. Tal como Elizabeth Bathory!
____________________________________________________________
TODO MUNDO É UM POUCO PSICOPATA E TODO MUNDO TEM UMA MÁSCARA PRA DESPERTAR ISSO. CADA UM A SUA FORMA, É CLARO!
A roupa já não era mais tão bonita. O cabelo já não mais tão arrumado. Os pés estavam agora descalços.
Ela sabia, depois daquela noite, nada seria como antes.
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Baile de máscaras e Gabrielle resolveu usar, depois de tantos anos, a máscara que ganhou de Ian. Tudo teria sido perfeitamente normal se o seu temperamento não tivesse sido alterado por esse fato.
Importante era atribuir tamanha crueldade à algum artigo. E esse artigo, foi a máscara. Marcando seu nascimento como psicótica.
Francis não pediu pra nascer bela assim como não pediu para ser o despertar da inveja unida à crueldade de Gabrielle.
Transformada. Tal como Elizabeth Bathory!
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TODO MUNDO É UM POUCO PSICOPATA E TODO MUNDO TEM UMA MÁSCARA PRA DESPERTAR ISSO. CADA UM A SUA FORMA, É CLARO!
terça-feira, 15 de março de 2011
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
AMARO! - PARTE II
Quatro anos antes
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01/11
01/11
Dezoito enfim. Foi a frase que acordou na mente de Amaro. Depois que seus pais morreram no incidente da ponte, ela só queria a maioridade para sair da casa da avó. Não era maltratada, mas a avó tinha costumes um tanto ditadoriais, o que para ela, era difícil lidar. Escorpiana nata. Não gostava de receber ordens, e sim, de ditá-las.
Agora, já tinha a idade. Porém, não tinha o dinheiro. Garota de rua, em mente ela já tinha, não seria. E já vinha planejando tudo, desde os dezesseis. Dinheiro fácil sem se sujar. E ela era bonita, jovem e inteligente. Certeza de que não seria tão difícil. E de fato, não foi. Foi até bem fácil. Bem mais fácil do que Amaro imaginava.
No mesmo dia em que completou dezoito, ela procurou o vereador Klaus. Queria trabalhar para o governo. Sempre ouviu que trabalham pouco e ganham muito e em pouco tempo. Tudo o que ela precisava. Vestiu a sua melhor roupa, uma saia preta pragada e uma blusa bonina à moda antiga, com mangas fofas e gola, calçou sua melhor sandália, mesmo achando que ela era alta demais para a ocasião, prendeu os cabelos em um rabo-de-cavalo bem alto e se maquiou, lápis creon preto, blush rosado e um batom, vermelho, porque era o seu preferido.
- Bom dia senhorita, em que posso ajudá-la? - simpática, a secretária do vereador atendendeu com prontidão à Amaro, que entou como uma deusa no saguão.
- Bom dia minha senhora, eu estou aqui para conversar com o vereador Klaus. - respoundeu ela com um misto de simpatia e arrogância.
- Só um minuto por favor. Você tem hora marcada? Como se chama?
- Não, não marquei nada. Mas diga à ele que eu preciso conversar sobre um assunto que vai ser de grande interesse. O meu nome é Amaro. Amaro Montenegro.
- Sim. Aguarde um momento por favor.
A secretária entrou no escritório e demorou mais de dez minutos para sair. Assim que a porta se abriu, Amaro se levantou da cadeira.
- Ele vai atender. A senhorita pode entrar.
Saltitante e convencida, ela passou pela secretária e entrou.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
VINTE E CINCO DE FEVEREIRO DE DOIS MIL E ONZE.
oucAMOR, AMIZADES, VIAGENS, DINHERO, TRABALHO, DIVERSÃO, ESTUDO, APRENDIZAGEM, CRESCIMENTO, FELICIDADE, CRIATIVIDADE, INSPIRAÇÃO, PAZ, SAÚDE, CALOR HUMANO, TRANQUILIDADE, AUTOCONHECIMENTO, MAIS COMPREENSÃO, MENOS SAUDADE, TEMPO, SONHOS, REALIZAÇÕES, CONQUISTAS, SOLIDARIEDADE, PAIXÃO, PRAZER, MENOS CHATEAÇÕES, MAIS EMOÇÕES, INFLUENCIAS, MÚSICA, FOTOGRAFIA, TEATRO E ALEGRIA, CINEMA, ARTE EM GERAL, MUITA ARTE, MUITA CULTURA, MUITO LAZER, PENSAMENTO, NOITES FORA DO EIXO [NOS DOIS SENTIDOS /PISCA], NOVIDADES, COISAS NEM TÃO NOVAS, MAS BOAS, LOUCURAS, MAIS LIBERDADE, SENSUALIDADE, MISTÉRIO, DESCOBERTAS, JUÍZO, VIDA, VIDA, VIDA. E MUITO MAIS DO QUE EU NÃO PENSEI E ESCREVI, MAS DESEJO.
HOJE E SEMPRE!
HOJE E SEMPRE!
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